O trabalho remoto é cada vez mais uma opção para empresas de todos os portes. Saiba o que esperar desse cenário após a pandemia.

 

Encontrar vagas de emprego e participar de um processo seletivo agora são coisas que podem ser feitas em qualquer lugar.

Oportunidades de trabalho para home agent oferecem diversos benefícios e vantagens, mas, por outro lado, também requerem cuidados específicos.

Em diversas áreas, todas as vagas requerem uma boa conexão para acesso à internet, um computador capaz de dar conta das atividades e mobiliário adequado.

Sendo assim, é necessário entender o que esperar do trabalho remoto pós-pandemia e quanto tempo essa realidade pode durar.

 

O trabalho remoto no Brasil

Onde quer que seja, o trabalho remoto funciona da mesma forma. A empresa contrata seus colaboradores, realiza treinamentos (que podem ser presenciais ou a distância) e, quando o funcionário está preparado, ele começa a trabalhar em casa.

Nos anos antes da pandemia, esse modelo de trabalho não era tão comum, mas era presente, especialmente no ramo de TI e algumas funções de atendimento ao cliente.

Diversas empresas já enxergavam os benefícios do trabalho a distância e usavam essa perspectiva para otimizar sua operação.

Então, veio a pandemia e impediu as pessoas de saírem de casa para trabalhar.

Foi o momento perfeito para que cada vez mais empresas aderissem ao trabalho remoto como primeira opção.

Desde então, algumas empresas mantiveram seus colaboradores em casa, enquanto outras adotaram um modelo híbrido e, algumas outras, voltaram ao modelo presencial com medidas de distanciamento.

Segundo um estudo da consultoria KPMG, 50% das empresas consideram o retorno ao trabalho presencial ainda em 2021, enquanto os outros 50% pensam sobre o assunto para 2022.

Entretanto, algumas empresas como Mercado Livre e Ticket estão caminhando para manter seus colaboradores em modelo híbrido permanentemente.

O Mercado Livre, por exemplo, dividirá a carga horária dos colaboradores entre 50% presencial e 50% a distância.

Já a Ticket está implementando o trabalho remoto híbrido aos poucos, e informa que, quando 100% dos funcionários retomarem o trabalho presencial, ele será somente parcial, com colaboradores trabalhando dois dias da semana na empresa e três dias em casa.

 

As tendências de trabalho pós-pandemia

Devido ao grande sucesso das estratégias de trabalho a distância, a tendência é que esse modelo de trabalho seja muito mais comum, até mesmo depois que não houver mais nenhum risco no presencial.

 

E quais são essas vantagens do trabalho remoto?

Redução de custos

Nota-se uma redução de custos muito expressiva quando se analisa o antes e o depois do trabalho remoto, e até mesmo no trabalho híbrido.

O Vale Refeição/Alimentação acaba rendendo mais, com o colaborador optando por fazer refeições em casa. A conta de energia elétrica (que está em alta desde 2021) da empresa é naturalmente reduzida e o Vale-Transporte pode ser dispensado. 

Algumas empresas aproveitam essa economia para a criação de um orçamento de ajuda de custos de home office para colaboradores, que acaba sendo visto como benefício.

Os custos com manutenção de equipamentos, limpeza de ambientes e material de escritório também diminuíram.

 

Motivação e produtividade

Trabalhar em casa é uma desculpa para trabalhar mais confortavelmente. Isso ajuda a melhorar a satisfação dos colaboradores direta e indiretamente.

Mais motivados, eles se tornam mais produtivos, já que não precisam enfrentar longas jornadas longe de casa.

Entretanto, esse modelo requer disciplina, organização e uma boa infraestrutura.

 

Flexibilidade de horário

Tanto empresas quanto funcionários encontram benefícios na flexibilidade de horários que o trabalho remoto permite.

Fica mais fácil adotar escalas alternativas, dar liberdade de horários aos colaboradores e cobrir horários nos quais, antes, não havia ninguém.

Isso também melhora a produtividade da empresa de forma geral.

 

Possibilidade de captar talentos de outras regiões

As fronteiras entre a empresa e os talentos foram quebradas com o trabalho a distância.

Hoje, já é possível recrutar talentos de qualquer região, inclusive do exterior, para agregar mais valor à empresa.

 

E quais são os principais desafios do trabalho remoto?

Como nem tudo tem somente um lado bom, o modelo remoto ou híbrido também traz desafios a serem superados.

 

Ambiente e família

Separar o ambiente familiar do ambiente de trabalho é o desafio mais imediato e o mais difícil de superar.

Em primeiro lugar, o colaborador deve ter um espaço adequadamente reservado ao trabalho, preferencialmente em um cômodo separado.

Também é necessário que a família entenda que, mesmo que essa pessoa esteja em casa, ela não está disponível, pois está trabalhando.

Isso requer disciplina, empatia por parte da família e postura de liderança por parte do colaborador.

 

Falta de rotina e organização

A falta de uma rotina é outro problema do trabalho remoto. Com horários flexíveis e sem a presença de uma supervisão constante, o colaborador se sente mais à vontade.

Dessa forma, é comum que ele deixe de realizar suas atividades em determinados momentos para cuidar de outros afazeres domésticos, para sair e atender a outros compromissos ou simplesmente para descansar.

Assim, o trabalho remoto requer disciplina individual, de forma que o colaborador deve saber que esta é a hora de cumprir com suas responsabilidades.

 

Isolamento social

Nem todo mundo mora com uma família dentro de casa. Há colaboradores remotos que moram sozinhos.

Mesmo quem mora com família pode encontrar dificuldades nesse convívio constante e prolongado.

Quem trabalha no regime híbrido tem menos dificuldades nessa parte, mas ainda sente esse peso.

É necessário incentivar os colaboradores a terem uma vida socialmente ativa fora do trabalho para balancear as emoções.

 

Comunicação deficiente

Outro desafio do trabalho remoto é a falta de comunicação entre empresa e colaborador.

Esse problema é mais frequente em empresas que começaram agora a lidar com o trabalho remoto, por não terem experiência nesta parte.

Para evitar problemas, a comunicação deve acontecer de forma clara e ágil, de preferência por canais próprios.

Caso seja mais fácil, é possível utilizar canais externos, como e-mail e WhatsApp.

Mas tanto a empresa quanto os colaboradores devem ter bom senso e saber utilizar essas ferramentas para otimizar a comunicação, e não para criar ainda mais distrações.

 

Como fica a ergonomia no trabalho remoto?

Por fim, o último desafio do trabalho remoto é acompanhar a ergonomia, que é parte fundamental da saúde dos colaboradores.

A falta de equipamentos adequados pode gerar diversos problemas, como dor nas costas, dor na nuca, cansaço, falta de disposição e até doenças como tendinite e outras mais graves.

Para evitar esses problemas, é necessário garantir que os colaboradores atendam a requisitos ergonômicos como se faz no trabalho presencial.

 

Postura, conforto e hábitos ergonômicos

A primeira coisa a prestar atenção é a postura ao se sentar. Trabalhar sentado requer uma boa postura para colaborar com o bem-estar.

Basta seguir recomendações básicas de ergonomia, como:

  • Joelhos em um ângulo de 90° e pés apoiados no chão;
  • Coluna ereta e ombros na mesma direção dos quadris;
  • Braços apoiados com cotovelos em 90°;
  • Topo da tela na altura dos olhos.

 

Falando sobre altura dos olhos…

Esse tópico é importante, pois vai dar o direcionamento natural do pescoço e nuca do colaborador.

Se a tela estiver abaixo do ideal, o colaborador dobra a nuca para baixo. Se ela estiver muito elevada, a pessoa terá que olhar para cima.

Nenhum dos casos é o ideal. Por isso, o topo da tela deve estar sempre na altura dos olhos, seja notebook ou desktop.

 

Mesa

Quem fica muito tempo sentado pode sentir dores no corpo, falta de disposição, sono e cansaço.

O ideal é ter uma mesa que possibilite não apenas um ajuste de altura para ficar sentado, mas também altura suficiente para ficar em pé.

O trabalho em pé melhora diversas questões de saúde, disposição e ergonomia.

Além disso, uma mesa com regulagem de altura permite que o colaborador escolha entre ficar em pé ou sentado, podendo variar de posição quando se cansar.

 

Cadeira

A cadeira, obviamente, deve ser uma cadeira de escritório com todas as regulagens que se deve ter. O modelo ergonômico é o mais recomendado.

Esse modelo de cadeira possui curvatura para a coluna, ajustes de altura de encosto e apoio de braços, inclinação de encosto, além da altura da cadeira em si.

 

Acessórios

Além de todos esses componentes, existem ainda dois acessórios que podem ajudar a melhorar muito a qualidade de vida no trabalho remoto.

 

Tapete ergonômico

O tapete ergonômico permite ao corpo ficar em pé com mais conforto, menor impacto nos joelhos e maior resistência ao cansaço.

 

Suporte de monitor

O suporte de monitor permite ajustar a altura e ângulo da tela para que ela esteja sempre numa posição adequada, não importa se a pessoa estiver sentada ou em pé.

 

Concluindo

Pode-se esperar que o trabalho remoto seja um modelo de trabalho que vai durar muitos anos, e talvez até substitua o modelo presencial em grande parte do mercado.

Entretanto, é necessário garantir qualidade de vida e conforto ergonômico para que os colaboradores encontrem no trabalho remoto um modelo de vida sustentável.

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