Independentemente de qual seja a área de atuação da sua empresa, você, enquanto gestor, certamente conhece a importância de monitorar indicadores de produção, certo? Nesse sentido, será que você sabe o que é lead time?

Através da otimização desse parâmetro — que vem da Engenharia de Produção mas que tem sido amplamente utilizado em setores como prestação de serviços e vendas —, os resultados do negócio são extremamente beneficiados.

Por isso, se você quer entender mais sobre o assunto, fique por aqui até o final. Vamos te mostrar a importância do indicador, como calculá-lo e otimizá-lo.

Acompanhe a seguir!

O que é Lead Time?

Ao pé da letra, o termo “lead time”, do inglês, pode ser traduzido como “tempo de espera”. Logo, esse índice diz respeito ao tempo que uma solicitação ou atividade leva para ser concluída.

Simplificadamente, portanto, o lead time é o tempo que um pedido demora, desde que é solicitado, para ser entregue. 

Para ilustrar, basta pensar no tempo que uma fábrica leva para transformar determinada matéria-prima em uma peça e entregá-la ao varejista. Ou em quantas horas uma manicure demora para fazer as unhas de um cliente.

De tal modo, não importa se está relacionado à manufatura ou à prestação de serviço, o lead time envolve fatores como efetivação do pedido, montagem, separação no estoque, preparo dos materiais e processamento, por exemplo.

Qual a importância de acompanhar esse fator?

Conhecer e avaliar, de forma precisa, o lead time de todas as tarefas de um negócio permite que muitas falhas de operações sejam identificadas. Consequentemente, a partir das devidas correções, a performance da empresa melhora.

Através da análise desse indicador, medidas estratégicas podem ser adotadas de maneira direcionada, tendo como objetivo a otimização dos processos e a redução de problemas como atrasos.

Tal parâmetro ainda pode ser considerado ao estruturar a compra de materiais e estabelecer o momento certo de reabastecer os estoques.

Lead Time, Cycle Time e Takt Time

Agora que você já sabe o que é lead time, ainda existem dois outros modelos de tempos que merecem atenção: o cycle time e o takt time.

Se aplicados em conjunto e do jeito certo, os três fatores promovem o aprimoramento da produção e dos serviços de modo geral. Com isso, é possível ter maior controle das etapas operacionais e atender às demandas com excelência.

Confira, abaixo, os conceitos de cycle time e takt time:

Cycle Time

Em português, o “tempo de ciclo” — como o próprio nome sugere — tem a ver com a duração de um ciclo de produção. Ou seja, é o tempo que demora para que um único produto ou serviço seja finalizado.

Vale frisar que o tempo é contabilizado desde o início de uma determinada operação até a sua conclusão, incluindo o tempo de espera do trabalhador, carregamento (se houver), planejamento estratégico e cada mínimo movimento necessário.

Dessa forma, resumidamente, o cycle time indica de quanto em quanto tempo um produto ou serviço fica pronto.

Takt Time

O takt time é o “tempo disponível”, em outras palavras, definida a demanda do cliente, ele representa quanto tempo ainda resta para a entrega. 

Em suma, é o tempo máximo aceitável para a produção de um produto ou serviço dentro do prazo estipulado.

Para que essa informação seja obtida, num cenário de manufatura, por exemplo, é necessário dividir o tempo disponível para a produção pelo número de unidades a serem produzidas.

Assim sendo, devem ser desconsiderados do cálculo todas as pausas planejadas, como hora de almoço, café, ginástica e etc.

Como fazer o cálculo do Lead Time?

Depois de analisar o cycle time é possível identificar qual etapa do processo demora mais. A partir daí, com o gargalo encontrado e solucionado, o lead time é reduzido. Logo, o takt time pode ser obtido e estratégias mais precisas traçadas.

Entretanto, esse é apenas o resumo da dinâmica. Na prática, medir o lead time, passo a passo, funciona da seguinte maneira:

  • Primeiro, liste todos os insumos e materiais necessários para produzir um produto ou desenvolver um trabalho;
  • Em seguida, analise o tempo de aquisição dos materiais elencados, assim como o prazo para chegarem até você;
  • Agora, selecione cada item que mais demora para ser recebido;
  • Na sequência, identifique o tempo necessário para produção, montagem, finalização e entrega do produto ou do serviço prestado ao cliente final;
  • Por fim, adicione o tempo de espera para a chegada dos insumos até sua empresa e repasse o prazo ao consumidor final. Assim, você terá uma margem de segurança para lidar com possíveis imprevistos.

Como otimizar o Lead Time?

Tendo o devido entendimento sobre o que é lead time e qual a sua importância em uma organização, é o momento de descobrir o que pode ser desenvolvido para otimizar esse indicador.

Fazendo isso, os custos são diminuídos, os processos e as entregas se tornam mais ágeis, a satisfação do cliente aumenta, bem como o lucro e o faturamento.

Portanto, para reduzir o lead time é preciso mapear e revisar cada etapa de cada operação da empresa. O intuito é identificar oportunidades de melhoria, correção de possíveis falhas, simplificação de tarefas e eliminação de desperdícios.

Além disso, é fundamental estreitar o relacionamento com os fornecedores, pois eles impactam diretamente no lead time, uma vez que podem facilitar ou dificultar as entregas quando os prazos estão apertados.

Sabia que trabalhar em pé te faz mais produtivo?

Por último, além de seguir todas as recomendações anteriores, outra maneira de otimizar o lead time é apostar em algumas mudanças de hábitos, a fim de aumentar a motivação, o bem-estar e, consequentemente, a produtividade da equipe.

Para tanto, uma excelente estratégia é investir no trabalho em pé, seja qual for a tarefa desempenhada.

Isso porque, o corpo humano é uma estrutura que funciona muito melhor quando está em movimento ou recebendo estímulos para se manter ativo. 

Ou seja, ficando sentado por longas horas, o metabolismo se torna mais lento, a oxigenação do cérebro é reduzida e a circulação sanguínea não funciona como poderia.

Ao passar algumas horas em pé, por outro lado, a circulação é ativada, oxigenando o cérebro e mantendo o sistema nervoso “ligado”, o que melhora os níveis de concentração e a disposição.

Concluindo, portanto, o ideal é que as atividades — sejam elas no computador ou em uma linha de produção — possam ser realizadas a partir de um revezamento, passando parte do dia sentado e a outra parte em pé.

Para viabilizar essa estratégia, as mesas com regulagem de altura são perfeitas, pois podem elevar a estação de trabalho o quanto for necessário!

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