O modelo de trabalho conhecido como remote first vem ganhando popularidade entre empresas e profissionais no mundo todo.

 

Desde a pandemia do Covid-19, práticas de trabalho remoto fazem parte da cultura organizacional de diversas marcas, especialmente as que estão antenadas na transformação digital.

O trabalho presencial já não é mais o modelo de trabalho mais apreciado em todos os casos.

O World Trend Index 2022 (Índice de Tendências do Trabalho), da Microsoft, estudo feito com 31 mil profissionais em 31 países, revelou que 53% dos entrevistados estão considerando migrar para o trabalho híbrido até o próximo ano.

Além disso, 57% dos profissionais que já estão no trabalho remoto total consideram mudar para o remote first.

Hoje, você verá o que significa remote first, o que é necessário para adotá-lo, além de boas práticas para melhorar o trabalho em casa ou em outros locais.

 

O que é o modelo de negócios conhecido como remote first?

Em inglês, remote first significa remoto primeiro. Esse modelo de trabalho é uma modalidade que dá preferência às atividades feitas a distância.

Ou seja, em empresas que adotam esse modelo, trabalhar remotamente é preferível. Os colaboradores e gestores vão à empresa somente quando necessário.

Há também os casos onde os gestores trabalham na empresa e os colaboradores ficam em trabalho remoto, o que também traz inúmeras vantagens.

Inclusive, vamos falar sobre elas a seguir.

 

Quais as vantagens do trabalho remoto?

Entre as maiores vantagens do trabalho remoto estão a redução de custos, o bem-estar dos funcionários e a simplificação das rotinas.

Ao manter os colaboradores em home office, as contas da empresa ficam mais baratas. Também não é necessário pagar vale-transporte, exceto quando, eventualmente, o funcionário precisar se deslocar até a empresa.

Além disso, não é mais necessário ter um local muito grande, o que permite às empresas adotar métodos alternativos, como coworkings ou escritórios menores.

Os funcionários também sentem os benefícios no dia a dia, já que o remote first proporciona maior qualidade de vida e bem-estar.

Assim, a empresa consegue reter talentos, garantindo que todos estejam satisfeitos. Também torna-se possível alcançar talentos que, antes, estavam fora dos limites territoriais.

Por fim, a rotina da empresa fica mais fácil, uma vez que cada colaborador ganha certo nível de autonomia.

Uma vez que a organização consiga se adaptar às reuniões online e à gestão de demandas a distância, tudo fica muito mais fácil do que no trabalho presencial.

 

Diferença entre remote-first e remote-friendly

Apesar de a maioria das organizações ser amigável ao trabalho remoto (remote-friendly), nem todas elas o priorizam.

Remote-friendly é quando a empresa permite que o trabalho remoto aconteça, mas todas as práticas tidas em escritório presencial continuam como eram antes.

Decisões importantes são tomadas nos corredores da empresa, ou em reuniões presenciais. A presença significa trabalho mais significativo, gestores precisam trabalhar no escritório e a comunicação é síncrona, ou seja, acontece em tempo real entre as partes envolvidas.

Já no remote-first, a prioridade é o trabalho remoto. Mesmo tendo um escritório físico, a empresa valoriza os membros da equipe que não estão presentes no local.

Reuniões são feitas online, incluindo todos os membros da equipe. Decisões envolvem todos os integrantes, onde quer que eles estejam. A performance é medida por resultados, ao invés de horas trabalhadas.

Além disso, a comunicação é assíncrona, ou seja, ela é deixada em alguma plataforma e, conforme os membros da equipe vão lendo, eles vão respondendo.

Em outras palavras, o remote-friendly permite o trabalho remoto, enquanto o remote-first busca priorizar e dar mais importância a ele do que o trabalho presencial.

 

O que é necessário para entrar nesse modelo de negócio?

Tudo isso parece muito bom, mas saiba que é imprescindível que a empresa treine os colaboradores, invista em ferramentas de comunicação digital e gestão, além de assumirem um compromisso com a qualidade, a saúde ocupacional e a segurança do trabalho.

É essencial garantir que os colaboradores tenham um espaço de trabalho adequado, ergonômico e favorável.

 

O remote first só funciona se o colaborador estiver confortável

Uma das maiores dificuldades é garantir que todos estejam satisfeitos, uma vez que o ambiente remoto foge ao controle da empresa.

Entretanto, há algumas coisas que o colaborador pode fazer para ficar mais confortável e conseguir desenvolver suas atividades com maior produtividade e bem-estar.

Uma delas é investir em móveis adequados, como uma mesa com regulagem de altura.

A mesa com regulagem é perfeita para se ajustar à altura do colaborador, garantindo que ele não sentirá dores nos ombros, costas ou pescoço.

Além disso, ela também permite trabalhar em pé para descansar de ficar sentado.

Veja, abaixo, mais algumas dicas para fazer o remote first acontecer com qualidade.

 

Espaço de trabalho

A empresa deve orientar os colaboradores sobre mobiliário e condições de trabalho, uma vez que eles nem sempre saberão como proceder.

Muitos podem acabar querendo trabalhar da mesa da cozinha, ou do sofá, o que são práticas altamente desaconselháveis.

Além de ser um cômodo separado ou um cantinho exclusivo para o trabalho, o espaço de trabalho ideal precisa ter:

  • Móveis ergonômicos, evitando lesões da coluna e outras doenças ocupacionais;
  • Privacidade para separar o trabalho da vida pessoal;
  • Boa iluminação, tanto natural quanto artificial;
  • Boa climatização, tanto no frio quanto no calor;
  • O menor número possível de distrações para evitar a procrastinação.

 

Equipamento

A tecnologia é parte fundamental do remote first. Uma das responsabilidades da empresa é garantir que os colaboradores tenham tudo o que é necessário para realizarem suas tarefas.

Cada empresa pode encarar isso de uma forma diferente. Algumas ajudam os colaboradores na compra de equipamentos, enquanto outras só permitem que eles migrem para o remote first se tiverem o que é necessário.

O fato é que, para colocar o colaborador em casa, ele deve ter toda a infraestrutura necessária para o desenvolvimento de suas atividades.

 

Organização de tempo

Quando trabalhamos remotamente, fica mais fácil perdermos a noção do tempo enquanto cuidamos de questões que não têm nada a ver com o trabalho.

Em casa, existem inúmeras distrações que podem levar à procrastinação. Além disso, mesmo que o profissional permaneça focado, a falta de organização pode comprometer sua capacidade de entrega.

Por isso, algo indispensável é treinar os colaboradores para gerenciar seu próprio tempo, com agendas, cronogramas, metas e priorização de tarefas.

 

O remote first pode fazer parte da sua empresa e da rotina dos seus colaboradores, trazendo diversos benefícios a todos.

Certifique-se de que todos tenham o que é necessário, como softwares, equipamentos, um espaço adequado e mobiliário ergonômico.